Visitando o meu sertão
que tanta grandeza encerra,
trouxe um punhado de terra
com a maior satisfação.
Fiz isso na intenção,
Como fez Pedro Segundo,
de quando eu deixasse o mundo
levá-lo no meu caixão.
Chegando ao Rio, pensei
guardá-lo só para mim
e num saquinho de brim
essa relíquia encerrei!
Com carinho e com cuidado
numa ripa do telhado,
o saquinho pendurei...
Uma doença apanhei
e vendo bem próxima a morte
lembrando as terras do norte
do saquinho me lembrei.
Que cruel desilusão!
As traças, sem coração
meterem os dentes no saco,
fizeram um grande buraco
e a terra caiu no chão.
Veja mais poemas de Zé da Luz em:
http://www.jornaldepoesia.jor.br/zedaluz.html
ANDRÉ RICARDO AGUIAR
A IDADE DAS CHUVAS
Quando era infância
tive o meu caderno de chuvas:
algumas rasuradas, outras
fiéis cópias dos deveres do céu.
Quando era infância,
minhas chuvas eram as águas
do que poderiam ter sido:
fruto de rios bem cursados.
Mas herdei a chuva ancestral
que põe umidade na alma
e passa o ano a acarinhar
a palidez das poças de lama.
E é a mesma água que ainda sonha
os grandes oceanos.
VEJA MAIS POEMAS DE ANDRÉ RICARDO EM:
http://www.germinaliteratura.com.br/andre_aguiar.htm
HERIVELT FÉLIX
Na arte de improvisar versos ao som da viola, Biu Salvino cresceu e ficou conhecido entre os que apreciam essa autêntica expressão cultural nordestina. É um nome que merece figurar entre os grandes artistas itabaianenses.
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ResponderExcluirhttp://radiofrutuosoonline.blogspot.com/
Alguns são mais poetas que amigos, outros são mais amigos que poeta, Salvino é os dois:
ResponderExcluirExtraordinário poeta e grande amigo!!!
Heleno Alexandre